Curva a Curva entrevista: Felipe Drugovich

O Maringaense de 19 anos Felipe Drugovich é um jovem piloto brasileiro que atualmente participa da FIA Fórmula 3, um dos campeonatos que mais trazem visibilidade para jovens pilotos no mundo, sendo disputado dentro dos finais de semana de eventos da F2 e da F1. Nós do Curva a Curva tivemos a honra de contata-lo para uma entrevista que ficou muito legal! Felipe conta sobre sua carreira, planos e aspirações. Confira essa conversa na integra abaixo:



Curva a Curva: Como qualquer piloto que entra no automobilismo, você também deve ter iniciado pelo kart. Com quantos anos foi isso e onde foi?

Felipe Drugovich : Comecei no kart, em 2008, foi em Campo Mourão, que é perto de Maringá, meus tios me levaram lá e sem  compromisso nenhum, já tinham falado muito sobre kart e um dia eu disse que queria testar um kart e me levaram lá, mas nunca me colocaram pressão e depois que andei de kart a primeira vez, eu gostei muito e aí começou a paixão pelo negócio.

Curva a Curva: Então foi a partir deste dia que você teve interesse em ser piloto? Ou demorou um tempo para você decidir?

Felipe Drugovich: Eu acho que dali, durou poucos dias, para decidir que não era só um hobbie.

Curva a Curva: Ficou quantos anos no kart? E qual foi o próximo passo?

Felipe Drugovich:  Eu fiz kart no Brasil de 2008 a 2013 e em 2013, corri no Brasil e na Europa e em 2014 e 2015, só na Europa. Em 2016 mudei para monoposto e fiz F4 Alemã. De 2016 para 2017 fiz MRF Charllenger, fui quarto colocado. Em 2017 fiz F4 Alemã e fui terceiro colocado. De 2017 para 2018, fiz MRF Charllenger novamente e neste ano eu ganhei. Em 2018, fiz Euroformula Open, foi muito bom, eu ganhei também. Foram 14 vitórias de 16 corridas, após isso somente a F3 FIA 2019.



Curva a Curva: Todo piloto um dia almeja entrar na F1. Quando você começou a pensar em F1?

Felipe Drugovich: Comecei a pensar depois do meu primeiro ano “de vitórias” que foi em 2017.

Curva a Curva: E quando você decidiu ser piloto, teve apoio de seus pais?

Felipe Drugovich: Sim, sempre tive o maior apoio possível, sempre sem nenhum tipo de pressão.

Curva a Curva: Como foi participar do primeiro campeonato de kart? Onde foi? Como ficou sua classificação?

Felipe Drugovich: Foi em 2009, foi um campeonato regional, na região de Campo Mourão/ Maringá, cidades pertos da minha. Foi bem legal pra mim, experiência nova, onde tudo era novo, tinha que aprender tudo. Bom, não sei se é porque tinha poucos competidores, eu cheguei em terceiro colocado, mas foi bem legal.

Curva a Curva: O que achou da sua estreia na F3?

Felipe Drugovich: Foi bom, muito aprendizado! Um erro da minha parte na classificação nos comprometeu o final de semana inteiro, mas conseguimos recuperar uma boa parte! De vigésimo para décimo primeiro colocado na corrida 1. E de décimo primeiro para décimo colocado na corrida 2.

Curva a Curva: Qual suas expectativas para o resto da temporada?

Felipe Drugovich: Tentar sempre atingir o limite meu e do meu carro em todos os momentos que entrar na pista! Estando constantemente na frente.




Curva a Curva:  Você disse que seu tio te levou ao kartódromo, quando pilotou de kart pela primeira vez. Em que ele te ajudou e influenciou no início da sua carreira?

Felipe Drugovich: Influenciou muito, sempre ajudou, ele me apresentou pro kart. Sempre me apoiou muito, até hoje ele corre de kart. Meus dois tios correm de kart, são todos apaixonados pelo esporte. Sempre me ajudaram em técnicas, melhorar a minha guiada, são muito bons em parte mecânica, sempre me explicando o que cada componente faz, como se faz. Com certeza me deu muita vontade.

Curva a Curva: Qual circuito urbano ou autódromo, você tem mais vontade de conhecer?

Felipe Drugovich: Autódromo, acredito que Suzuka. É um autódromo que tenho muita vontade de guiar, mas não tive oportunidade. Seria muito legal, uma pista que seria muito legal de andar.

Curva a Curva: Quais os pilotos que você mais admira no automobilismo?


Felipe Drugovich: Ayrton Senna, como ídolo brasileiro e internacional e como internacional também Niki Lauda sempre foi um cara para se espelhar e com força de vontade que ele tinha, era uma personalidade legal.

Curva a Curva: Para você, qual será o próximo passo na carreira?

Felipe Drugovich: Não sei ainda, é bem relativo com resultado deste ano. Não só resultado, como posição, mas aprendizado, como vai acabar o ano, muitas vezes você pode subir de categoria, mesmo se em algumas etapas, você não esta se saindo bem, com o seu potencial, pode subir de categoria, então precisa ver como será o resultado deste ano para ver o passo sucessível. A lógica, se tudo ocorrer bem, seria a F2.

Curva a Curva: Alguma equipe de F1, já entrou em contato com você ou já ocorreu o inverso?


Felipe Drugovich: Ainda não.

Curva a Curva: Para encerrar a entrevista, gostaria de saber. Qual o recado você quer deixar aos seus fãs e/ou admiradores do seu trabalho?

Felipe Drugovich: Agradecer pelo todo o suporte que eles me dão, as mensagens que eles mandam, é legal ter esse suporte e aumenta muito a minha confiança. Todos que curtem o esporte, as crianças que estão começando no esporte, ter muita força de vontade, procurar a entender muito sobre o esporte, muito sobre o carro, também é uma coisa muito importante. Não apenas fazer a parte do piloto de guiar e ir embora, tem que aprender a trabalhar e aceitar isso como trabalho e se divertir, gostar do que esta fazendo, o mais importante é acreditar em si mesmo. E agradecer o pessoal que ajuda e torce, isso é muito importante pra gente!


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