Alex Dias Ribeiro: dias de luta, dias de glória.

Nascido em Belo Horizonte, no dia 7 de novembro de 1948 Alex Dias Ribeiro é um ex-piloto brasileiro, começou sua carreira quando mudou-se para Brasília. Foi campeão da Fórmula Ford, disputou corridas na F1 entre 1976 e 1979 ficando famoso por estampar sua fé com a frase ''Jesus saves'' em seus capacetes e carros.




Juventude em Brasília:

Quando ele tinha 8 anos, sua família foi para Brasília, a cidade ainda estava em construção. O pai de Alex era médico, sua mãe era enfermeira, seus pais sonhavam que ele seguisse essa mesma carreira. Mas o menino não era muito ligado nos estudos, ele gostava mesmo de aventuras. Se aventurava tanto que aprendeu a dirigir o carro de seu pai quando ele tinha apenas 10 anos. Porém isso não dava muito certo, pois ele não alcançava os pedais do carro muito bem e com isso bateu o carro de seu pai na porta da garagem.

O início da paixão pela velocidade:

Quando tinha apenas 10 anos, Alex foi assistir uma corrida de carros com seu pai. Ele gostou tanto disso que daquele dia em diante colocou como meta para o futuro ser um piloto de corridas.
A partir daí, Alex treinava em carrinhos de rolimã e bicicleta, mesmo que fosse só de brincadeira.

Carteira de motorista:

Apesar de treinar em motos e carros desde os 14 anos, Alex era um rapaz como qualquer outro, que tinha que esperar ter 18 anos para fazer a carteira de motorista.
Você acha que foi fácil? Bem pelo contrário; ele reprovou no primeiro teste por derrubar os cones!
Por fim, ele separou as pistas das ruas e conseguiu tirar sua habilitação.

O patinho feio:



Quando finalmente Alex conseguiu tirar sua carteira de motorista, seu pai deu-lhe um fusca todo batido, a intenção era que ele e os amigos consertassem o carro. E foi isso que aconteceu, mas ninguém poderia esperar que a ideia deles era de transformar aquele fusquinha num carro de corridas.
O visual desse carro era aparentemente estranho: Os faróis pareciam olhos de gafanhoto, o pára-lamas era bem bizarro e além disso o carro tinha uma enorme asa atrás. Por isso ganhou o apelido de ''patinho feio''.

Os 500 KM de Brasília:



Os 500 KM de Brasília era uma prova famosa nos anos 60 na capital federal. Na edição de 1967 Alex e seus amigos que construíram o patinho feio inscreveram o patinho feio para competir. 
No dia da corrida, Alex era o último no grid de 33 carros, a única meta deles era terminar a prova, pois o patinho feio não demonstrava ser muito competitivo.
Aí que veio a surpresa; o patinho feio era muito melhor do que eles imaginavam....
Por ser um carro leve e mais aerodinâmico, esse carro tinha uma grande vantagem em relação aos outros. Por isso Alex chegou ao fim da prova em 2° lugar de forma surpreendente, isso foi considerado como uma grande vitória para eles!

Carreira a decolar:



Alex Dias Ribeiro foi campeão brasiliense de Kart em 1970 e 1971. No ano seguinte partiu para a Fórmula Ford onde logo na temporada de estreia foi vice-campeão. Em 1973 foi melhor ainda: levou o titulo da categoria e partiu para a Europa disputar a F3 inglesa. 
Chegando na Europa, disputou a F3 por dois anos e foi 3° e 2° lugar respectivamente nessas temporadas.
Em 1975 ele chegou à Fórmula 2, mas foi apenas para disputar uma prova, na Itália. Porém foi só em 1976 que sua carreira internacional decolou de vez! 

Chegando ao ápice da carreira:

Alex Dias Ribeiro no GP dos EUA de 1976.

Em 1976 sua carreira chegaria ao topo do automobilismo mundial; a Fórmula 1. Apesar de ter disputado apenas uma prova da temporada, Alex não podia se sentir mais feliz, pois esse era a realização de mais um sonho em sua carreira. Com suas próprias palavras ele conta como foi: '' Após  muita luta, ali estava um reluzente carro de F1. Foi demais, eu me sentia o cara mais feliz do mundo''. Naquele dia, Alex Dias cruzou a linha de chegada em 12°, completar a prova logo na estreia era motivo para estar feliz!

A 1° (e única) temporada completa na F1:

Alex Dias Ribeiro no GP da Alemanha de 1977.


Um contrato fixo com uma equipe era tudo que ele queria. Foi então que a equipe March o contratou para disputar a temporada de 1977. O começo foi difícil, pois a confiabilidade do carro era ruim. Foi só no GP da Alemanha, já no meio da temporada, que ele foi completar uma prova, isso com um ótimo 8° lugar (hoje em dia ele teria somado 4 pontos!). Ele ainda completou o GP da Holanda (11°), GP dos EUA (15°), GP do Canadá (8°) e GP do Japão (12°). No sistema atual de pontuação, ele teria somado 8 pontos, uma pontuação similar a de Marcus Ericsson.


Um dia de glória, em 1978:



Mesmo sem conseguir uma vaga na F1 aquele ano, Alex não desanimou, por isso foi correr de F2 aquele ano. Na etapa de Nürburgring , ele largava na 2° fila e tudo caminhava para ser um dia bom para ele. E foi mesmo, pois ele venceu aquela corrida de forma brilhante, havia cem mil pessoas no autódromo aquele dia e ele foi o protagonista daquela corrida. Com certeza esse foi um dos melhores dias de sua carreira.

Volta à F1, em 1979:





Após regressar à Fórmula 2 em 1978 e vencer uma corrida, Alex Dias Ribeiro teve a oportunidade de voltar ao cockpit de um F1, dessa vez pela Copersucar. Ele participou do GP dos EUA e do Canadá de 1979, mas infelizmente não largou. Encerrou assim sua participação na F1, com 20 GP's disputados e um 8° lugar como melhor posição final.

Carreira após a F1:

1983 - Volta às pistas disputando o Campeonato Brasileiro de Marcas e Superkart.
1984 - Disputou o Campeonato Brasileiro de Marcas.
1988 - Participou do Campeonato Brasileiro de Fórmula Ford e do Campeonato sul-americano de Fórmula 3.
1992 - Disputou o Campeonato sul-americano de Fórmula 3.
1999/2001 - Piloto do Medical Car da FIA na Fórmula 1 e Fórmula 3000.

Capacete: 

Alex sempre levou as cores brasileiras e sua fé cristã com a frase ''Jesus saves'' (Jesus salva) no seu clássico design de capacete.







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Valeu!




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