O tamanho da regressão da Fórmula 1.
Dando continuidade ao que foi falado no post de segunda feira, onde o tema mostrado era a diferença entre carros de três categorias diferentes (F1,WEC e GP2), vamos falar hoje de como a Fórmula 1 regrediu na tecnologia e aerodinâmica e ficou mais ''quadrada'' nos últimos anos. Debata esse ''polêmico'' tema no post de hoje:
Aerodinâmica:
O ápice do desenvolvimento e uso da aerodinâmica nos carros aconteceu entre 2004 e 2008, isso é notável já no visual dos carros. Em 2009 houve uma grande mudança do tamanho dos difusores e asas dos carros; com isso, a primeira reação dos fãs foi de criticar os modelos daquela temporada. Em 2012 foi a mesma coisa, pois uma regra que determinava a altura e tamanho dos bicos dianteiros causou um mal-estar visual nos carros daquele ano. Mais uma vez, em 2014 com a mudança dos motores de V8 aspirado para V6 turbo, a carga aerodinâmica dos carros mudou e dessa vez causou muita discussão. Os bicos eram horríveis em algumas equipes e o desempenho dos carros não agradou muito. A categoria nesses anos ao invés de seguir a tendência geral e fazer um uso melhor desses recursos que atrairiam mais competitividade fez só proibições e freou desenvolvimentos.
Motores:
Aerodinâmica:
O estranho e ruim Lotus E22. |
Mas que fique claro uma coisa, eu sei que se a anexação de mais ''penduralhos'' nos carros como estava acontecendo em 2008 estava exagerada e alguma coisa eles tinham que fazer para impedir isso, só acho que a mudança foi muito radical que atrapalhou inteiramente o projeto de muitas equipes.
Motores:
Não é necessário muitos comentários, pois todos conhecem essa história relacionada ao som dos atuais motores da F1. Esse não vai ser o ponto central da discussão, quero falar de outras coisas relacionadas aos propulsores.
1°: A ideia de fazer motores híbridos é legal sim, mas infelizmente não é esse caminho que a categoria deve seguir futuramente se quer futuramente atrair mais público e pessoas ao redor das equipes. Isso porque esse sistema é caro e vamos confessar, o som nem chega perto de um V6 convencional.
2°: A aerodinâmica (fator citado acima), perdeu um pouco da importância após essas modificações. A potência do motor é fator chave nos carros atuais, a Mercedes tem um motor ótimo (claro que um eles têm um chassi e uma ótima equipe também) e esse é um dos maiores fatores do domínio da equipe.
3° Assim como citado acima, a importância dessa ''unidade motriz'' ser eficiente é crucial e quando isso não acontece é discussão na certa. Vide a ''briga'' Red Bull X Renault e McLaren X Honda, por causa dos motores. As fornecedoras fazem um motor caro e pouco eficiente comparado aos adversários e ainda ouvem reclamações dos clientes. Isso é ruim, pois com uma má impressão da categoria e os altos custos, futuras equipes e fornecedores podem desistir de entrar na F1 por causa disso.
Tempo de volta:
Dessa vez vamos usar o circuito de Monza para comparar as voltas, começando por 2004, ano em que o recorde da pista foi quebrado.
2004:
Rubens Barrichello, Ferrari: 1:20.089
2007:
Fernando Alonso, McLaren-Mercedes: 1:21.997
2010:
Fernando Alonso, Ferrari: 1:21.962
2011:
Sebastian Vettel, Red Bull-Renault: 1:22.275
2013:
Sebastian Vettel, Red Bull-Renault: 1:23.755
2015:
Lewis Hamilton Mercedes: 1:23.397
GAP total:
2004/2015
1:20.089
= + 3.308
1:23.397
Concluindo:
A Mercedes de 2015 é tão rápida quanto uma Minardi de 2004!
Que fique claro:
Que eu não quero denegrir a imagem da categoria e nem que eu esteja ''bostejando'' coisas aleatórias só para ganhar cliques. Fiz esse post pois alguns leitores pediram para ter uma continuação nesse comparativo e aproveitei para fazer um comentário, espero que tenha ajudado e informado vocês!
Caso houver algum erro em alguma informação citada aqui, avise, é bom para todos termos a informação correta (-:!
Comentários
Postar um comentário